O Egito Antigo
e sua organização social e mental é uma das mais fabulosas e (des)conhecidas
civilizações de todos os tempos.
Digo (des)conhecidas pois apesar de todos já termos escutado ou lido sobre o Egito Antigo, não tentamos entender o significado da arte e pensamentos, apenas conhecemos as múmias, faraós e esfinges de uma forma bem pouco aprofundada.
Esta civilização se formou as margens no rio Nilo (pertencente ao nordeste da África, hoje atual Egito) e sua economia era majoritariamente agrícola e os camponeses trabalhavam nas terras, pagando alguns impostos para o Estado, que era centralizado na figura do faraó (que significa “casa grande”, ou seja, detentor de uma vasta porção de terra) e o faraó era visto como a própria vivificação de algum deus, ou seja, era o próprio deus corporificado em um ser humano. Lembrando que a religião egípcia era politeísta e antropozoomórfica, ou seja,existiam múltiplos deuses que por sua vez tomavam formas humanas e de animais também, esse é um dos motivos de vermos tantas figuras de animais em imagens egípcias.
O faraó era mumificado, na crença de que seu corpo fosse
preservado para a mais importante das “vidas”, a vida futura, após a morte, que
os egípcios acreditavam, sendo assim, retiravam as tripas do corpo, e o cérebro
pelo nariz. Lembrando também que alguns animais eram mumificados, sendo eles “deuses”.
O que vale salientar no campo político/social foi a
pratica da servidão coletiva que existia, sendo os camponeses que trabalhavam
nas obras públicas (construindo as pirâmides, que eram os túmulos dos “deuses”
faraós, no imposto chamado de corveia, que era basicamente três dias de
trabalho obrigatório para o Estado) e canais de irrigação para as terras. Muitas
pessoas cometem erros atribuindo as obras aos escravos, que existiam, mas eram
domésticos servindo ao faraó e aos altos cargos do corpo administrativo.
A religião é um dos campos mais fascinantes dessa civilização, diversas correntes historiográficas defendem que o Egito era uma teocracia, porém, os sacerdotes que cuidavam dos templos dos deuses estavam submetidos aos próprios deuses no corpo do faraó. Figuras como Hórus, Seth, Osíris e Isis formam parte da grande diversidade de deuses desta civilização.
Osíris, que de início era o deus da vegetação e depois rei dos mortos, fora morto pelo seu irmão Seth e seu corpo foi cortado em vários pedaços. Hórus, deus da ordem e da justiça, com cabeça de falcão é o único animal que pode olhar fixamente para o sol, filho de Osíris, acabou vingando a morte do pai na busca pelo trono contra o assassino de seu pai Seth.
Osíris acabou sendo o deus que decide a imortalidade, onde os mortos eram julgados e deviam falar que não tinham cometido determinadas ações como: cobiça, adultério, mentira, ira, entre outros. Após isto, o coração do morto é posto numa balança de um lado, e do outro uma pena, se o coração fosse mais pesado que a pena, o morto seria comido pelo deus Amuut, se a pena pesasse mais que o coração, o morto iria para um plano com uma “vida” tranquila e feliz, o Faraó não precisava desse julgamento, indo direto para o plano espiritual.
Este julgamento era observado por Anúbis, cabeça de chacal, guardião do reino dos mortos, Toth, deus dos escribas, representado por um macaco.
Esta lenda é apenas uma das várias da religião
completamente vasta e interessante desta civilização, como todos os outros
campos de estudo, porém, apenas introduzi o assunto para ajudar nas pesquisas
futuras.
Felipe Alves
Fontes:
Mitos e lendas do Egito Antigo – T.G.H. James
As primeiras civilizações – Jaime Pinsky
História da civilização ocidental – Edward McNall Burns
http://www.fascinioegito.sh06.com/
As primeiras civilizações – Jaime Pinsky
História da civilização ocidental – Edward McNall Burns
http://www.fascinioegito.sh06.com/
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